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 [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess

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Pandaman
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MensagemAssunto: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyTer Abr 07, 2015 6:12 pm

-/ Saga do North Blue - Arco de Swallow Island /-


O sol chegava agora ao topo do céu, assinalando a metade daquele dia, iluminando as grandes planícies e pequenos morros de Swallow com os seus raios quentes e confortáveis. Mais perto da superfície da terra instalava-se uma pequena brisa desconfortável que de certa forma neutralizava esse calor, amenizando e normalizando a atmosfera por toda a zona. A única vila ali era Pontera, um local que para além de antigo e degradado era também bastante sinistro, composta por edifícios tudo menos avançados e ruas de terra batida com uma organização deficiente. Era exatamente nessas ruas que, como em qualquer meio-dia, a agitação começava-se a instalar à medida que a população parava as suas atividades nessa hora de pausa, partindo para o conforto das suas casas ou para os serviços de um estabelecimento que lhes possa fornecer uma refeição ou, noutros casos, uma boa bebida.

Em princípio não haveria muitos sítios naquele lugar que fossem capazes de cumprir essas condições, por isso, os poucos que realmente conseguiam satisfazer estavam geralmente lotados, e seria uma surpresa se realmente isso não acontecesse para algum deles. Ora, esse caso realmente acabava surgindo num pequeno bar numa das ruas secundárias da cidade: na tabuleta à entrada lia-se "Bar do Chiquinho" e apesar de descrito como pequeno, o que não é mentira, as suas instalações provavam-se aceitáveis e as marcas de álcool que disponibilizava não pareciam deixar a desejar. Enfim, por talvez por ironia do destino, ou conveniência da narração, esse bar encontrava-se praticamente vazio. Apenas um homem grande servia ao balcão: forte e moreno, de cabelo grisalho e de pele cansada, possuidora de algumas cicatrizes que revelavam a sua experiência na vida. Vestia uma roupa simples: T-shirt azul escura que realçava os seus músculos, calções verdes escuros, um avental branco do torso para baixo e uma sandálias. O homem limpava os copos à sua frente, separando esses copos dos sujos em cima do balcão à medida que o fazia. O seu rosto mostrava uma expressão séria e tudo o que emanava dele era silêncio. Para além dele, alguém mais parecia espreitar das sombras, um vulto desconhecido sentado numa mesa no canto da sala.

Mas esse silêncio e essa estranha falta de clientela não duravam por muito mais. Da rua, ouviam-se uma pequena multidão de passos acompanhados de vozes grossas masculinas que não se continham em fazer barulho, aproximando-se cada vez mais da entrada. O barman olhava para a sombra que repousava no canto, e pousando um copo, dirigia-lhe a palavra, num tom baixo mas igualmente grave, com certos traços roucos:

- Temos clientes chegando. Levanta desse lugar, muleque. Tá na hora de trabalhar, essa sala tá um nojo. - Mas na verdade, estava surpreendentemente bem tratada e limpa, impressionante até, ainda para mais naquela cidade duvidosa. As vozes chegavam à porta, e fazendo o sininho que tocava quando a porta abria tilintar um grupo de 5 homens ainda na sua alegre barulheira entravam e prontamente se sentavam, mas não da maneira mais conveniente: levavam tudo à frente, arrastando cadeiras e cadeiras, afastando umas, juntando outras, não se dando ao trabalho de as levantar e riscando o chão bem cuidado, deixando um despreocupado rasto de desarrumação e por fim, quando estavam instalados, tratando a mobília como lixo e enterrando os seus pés em cima dela, cruzando-os sem uma pinta de preocupação.

No final, a barulheira que eles estavam fazendo era substituída por essa bagunça, pois pelo menos agora o grupinho havia parado para decidir o seu pedido. Mas isso era apenas temporário,  pois após  um pequeno momento de deliberação um dos homens se virava para  o barman e com um sorriso completamente descarado, acompanhado pelas risadas dos seus companheiros, extendia a sua mão com os cinco dedos abertos, indicando cinco copos. Pedido feito, o grupo resumia as suas atividades barulhentas e acabava recebendo o seu pedido: cinco copos  de um bom álcool, mas também cinco copos de um horrível erro, pois a primeira gota daquela bebida que caísse no chão poderia também ser a ultima da paciência de um certo  alguém.


Última edição por Pandaman em Qui Abr 09, 2015 4:47 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQua Abr 08, 2015 3:21 pm

O vulto apenas olhava para o nada, parecendo pensativo. Havia terminado o trabalho bem cedo, estando bem orgulhoso do brinco que estava o bar. Quem sabe não descolaria um aumento com o velho? Claro, se ele fosse um pouco menos ranzinza, quem sabe. Nem uma bebida de graça ele oferecia. Não que realmente tivesse qualquer reclamação, já tendo se acostumado ao tratamento que recebia e aceitando-o como um bom chefe. Enfim, era um dia bastante tranquilo e sem muitos clientes, dando liberdade a imaginação para correr solta. O que faria ao chegar naquele barraco o qual chamava de "casa"? As opções eram bem limitadas na verdade, e pensar nisso acabava entristecendo-o um bocado. Já estava trabalhando no Bar do Chiquinho a quase meio ano, e antes disso seus outros empregos também não haviam sido nada mais dignos do que isso. Sempre envolviam a limpeza, afinal gostava de manter suas coisas organizadas e limpas. Esse tipo de trabalho acaba sendo um pouco irritante, por causa de sua...

- Temos clientes chegando. Levanta desse lugar, muleque. Tá na hora de trabalhar, essa sala tá um nojo.

Bem, o tédio e a ponderação tomavam suas respectivas saídas enquanto um grupo de homens adentrava o estabelecimento. A fala de Chiquinho não fazia sentido até que via o comportamento daquelas pessoas, tratando o lugar como a casa da mãe Joana. Tamanho desrespeito era intolerável, e isso apenas significava que era hora de pegar na vassoura e voltar ao trabalho. O vulto se aproximava da mesa dos homens, que já desfrutavam do sabor da bebida, ainda demonstrando sua falta de educação. Achava inconcebível que o chefe conseguia servir aqueles animais, porém no final do dia, dinheiro ainda é dinheiro.

- Ei. - Lhes chamava, aguardando que algum deles prestasse atenção. - Desculpem-me senhores, mas eu acabei de limpar tudo isso aqui. Poderiam ter mais cuidado ao manusear os objetos no estabelecimento? - Fazia uma breve pausa, porém continuava. - E sentar direito? Desse jeito quando estiverem pelos 40 suas costas vão estar te matando. Ah, e falem mais baixo também. Estão atrapalhando os outros clientes. - Ironicamente movia um dos braços, apontando-o para as mesas e cadeiras vazias ao redor do grupo. Em seguida, começava a limpar o chão com a vassoura que empunhava, antes de dar a última, porém mais importante dica àqueles caras. - E também... mudem essa atitude de babacas, estão deixando a bebida com gosto ruim.

O faxineiro então sorria para o grupo, encarando-os com seus olhos castanhos e aguardando. Era suposto que aquela frase causasse uma certa pressão nos baderneiros, algo como impor respeito neles Porém, a poeira da vassoura acabava subindo um pouco, fazendo com que o faxineiro espirasse, atingido o que estivesse em sua frente. - Opa, foi mal. Sou alérgico a poeira ^^ acontece sempre que estou limpando. Mas é isso aí, ouçam meus conselhos u.u.

Bem, a reação tanto de Chiquinho quanto daqueles caras provavelmente seriam diferentes do que o jovem faxineiro esperava. Ele ainda mantinha sua expressão de vitória e estufava o avental de faxineiro no peito, cheio de sí. Mesmo não parecendo ter nada de especial, uma coisa contia no rapaz era sua determinação. Afinal, tinha uma grande mancha para remover do chão.


Última edição por Lion em Qui Abr 09, 2015 4:11 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQua Abr 08, 2015 6:06 pm

A pequeno festim alcoólico dos homens permanecia repleto de animação, uma animação semi-caótica e mal-educada que facilmente chegaria aos nervos de qualquer um. Mas a diversão do grupo não duraria por muito tempo sem ser interrompida mais uma vez. Num tom educado e levemente amigável um jovem moço abordava-os. Ele carregava uma vassoura e aparentava trabalhar naquele lugar, tinha ido até eles para chamar a sua atenção. Enquanto este pedia o básico: que preservassem a limpeza do local e respeitassem as regras do bom comportamento em publico, o grupo olhava ele silencioso, com expressões que transmitiam bem o que se lhes passava pela cabeça, algo como: "Hã? O que é que esse cara tá falando?", mas que ao mesmo tempo também passavam um ar de machão forçado e intimidador. Infelizmente para eles, medo não era algo que aquele faxineiro estivesse sentindo do momento, pois afinal, ele não era assim tão inocente como pensavam. Ao ver a atitude dos homens perante as suas palavras, ele acrescentava:

- E também... mudem essa atitude de babacas, estão deixando a bebida com gosto ruim. - A expressão no rosto dos homens mudava ao ouvir essas palavras, não é como se eles tivessem ganho respeito do nada, nem como se estivessem intimidados, só se mostravam agressivamente confusos, continuando a olhar ele torto. Baixinho ele ouvia pequenos comentários que apesar de baixos eram imperceptíveis no fundo da mesa: "Hã? Ele é idiota?","Nossa, o viado quer apanhar...". Dois dos caras levantavam-se e ficavam olhando o rapaz...só olhando mesmo, mas todos sabiam o que aquilo significava. Era ai que o génio inalava um pouco de pó e acabava espirrando em cima de um deles. Obviamente um ótimo trabalho da sua parte.

- Opa, foi mal. Sou alérgico a poeira ^^ acontece sempre que estou limpando. Mas é isso aí, ouçam meus conselhos u.u - É... talvez não tivesse sido boa ideia não. O homem nem dizia nada, só ficava parado segurando a sua ira e contemplando a aparente falta de inteligência pela parte do cara à sua frente. O que se passaria em seguida  era previsível e não era nada agradável para o empregado. Por sorte, mas também pelo bem da sua propriedade, o apelidado "Chiquinho" acabaria prevenindo esse acontecimento deveras desagradável.

- Já chega. - Dizia ele num tom assertivo-imperativo, na sua voz dura, cortando completamente o momento. Então retirava mais cinco copos de baixo do balcão e puxava da garrafa da bebida. - Deixem essa passar. Essa rodada é por conta da casa. - E enquanto entornava o liquido nos seus devidos recipientes, olhava para o faxineiro com uma expressão severa. - Não incomode os clientes, Tsui. Faça aquilo que eu lhe pago para fazer. - Os dois homens voltavam a sentar-se satisfeitos com o resultado que haviam obtido através de uma simples intimidação, como se estivessem se gabando interiormente, mas essas ultimas palavras despertavam algum tipo de reacção num terceiro, que se encontrava sentado.

Este terceiro era na verdade o mais civilizado do grupo: menos barulhento, menos porco, menos infantil. Dava para ver que a sua educação estava a um nível mais bem cuidado que a dos outros. Ele era o mesmo que havia pedido as bebidas com aquela cara debochada anteriormente, podendo esta ser interpretada como troça, mas em geral ele não tinha feito nada de mais. Olhando Chiquinho, este parecia ter-se apercebido de algo com a ultima frase do dono, fazendo um gesto com o indicador em ordem a chamá-lo silenciosamente à sua mesa. O velho soltava um pequeno suspiro, e saindo detrás do balcão se aproximava do grupo.

- O que desejam?

- Nossa, como estamos agradecidos, senhor!... - Respondia o homem enquanto se levantava e olhava o garçon sorridentemente, enquanto este simplesmente esperava de braços cruzados pelo momento que lhe dissesse algo de útil. À medida que falava aquele cliente parecia cada vez mais sinistro. - Bebida grátis? Claro que aceitamos! Aliás, assim podemos pedir ainda mais! - As suas palavras pareciam animar o grupo que as acompanhava com palavras e gestos animados. Então o homem procurava o seu bolso, como se fosse tirar mais dinheiro. - Realmente... a gente tem mais um pedido. - Declarava, fazendo um gesto para o velho se aproximar da mesa e olhar para a sua superfície, este cumpria evidentemente revoltado, mas sem questionar. Era então que a palma da mão do homem batia contra a mão num estrondo que se ouvia por todo o bar, fazendo a mesa tremer. Por baixo dessa mão, assim que ela se levantava, revelava-se um papel... com uma fotografia. O grupo sorria, agora de uma maneira silenciosa e sinistra.

- ...O quê? Mas o que... - Perguntava ele olhando para a foto com um certo ar de surpresa... mas não era só surpresa, não, também era... medo. Chiquinho virava a sua face para Tsui, olhando-o sem palavras, mesmo que a sua cara disesse tudo o que ele tinha a dizer: uma espontânea confusão, esta que acabava sendo aproveitada pelo seu causador. POW! A mesma mão que havia caido sobre a mesa, fazendo-a estremecer, pousava bruscamente sobre o crânio do velho confuso, empurrando-o para baixo e fazendo a sua cabeça enterrar-se na madeira do mesa.

Era tudo muito súbito... demasiado rápido, Tsui não conseguia acompanhar. No momento em que o corpo inconsciente do seu chefe caia no chão, já os outro 4 homens se tinha colocado entre ele e o agressor sem escrúpulos que sorrindo malevolamente agora se escondia por detrás da barreira dos seus companheiros, todos sacando armas cortantes que haviam conseguido ocultar até aquele momento, apontando elas para a sua próxima vitima.

- O clã Tenrai manda cumprimentos, "Lion Tsui".
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQui Abr 09, 2015 4:09 pm

- Mas eu estava… tsc. - Tsui não gostava de ser repreendido daquela maneira, afinal, ainda não havia terminado de limpar aquela mesa em particular. A sujeira amontoada simplesmente incomodava, sentindo que precisava dar logo um jeito antes que outros clientes notassem, apesar de ainda estar vazio por ali. Mesmo assim, o faxineiro de cabelos vermelhos ia de cara emburrada até outro canto do bar para varrer. Não gostava de ver o chefe abaixando a cabeça para aquele tipo de gente, muito menos sacrificando preciosas doses de bebida para satisfazer um bando de otários, porém também não queria criar problemas com quem tinha gratidão.

Mesmo varrendo, Tsui não deixava de ouvir o que o grupo falava com aquelas vozes presunçosas, especialmente esse cara que se manifestava agora. Seu tom de voz era um pouco diferente dos demais, passando um sentimento de desconforto. A cada palavra emitida, esse sentimento aumentava, até que a curiosidade fala mais alto e força o faxineiro a virar-se novamente em direção aos demais, apenas para levar um susto com o seguinte ato do indivíduo. Com um gesto como se quisesse quebrar a superfície daquela mesa, ele colocava sobre ela uma foto. Não uma foto qualquer, vistas as reações de todos ali; alguns sorriam e outros ficavam espantados, não sendo muito difícil distinguir quem de quem.

No momento seguinte, tudo que Tsui via antes do meliante nocautear Chiquinho era sua face de confusão, a qual Tsui respondia com uma expressão semelhante, afinal o que diabos estava acontecendo ali?


- Foi mal gente, mas não dou meu autógrafo para quem bate em velhinhos indefesos. Mas só falar comigo já deve ter sido uma honra e tanto, hein? Hahaha! … Ha? - Tsui dava uma risada com o próprio comentário, em seguida facendo um sorrisinho sarcástico para disfarçar a confusão. Porém, toda essa conversinha mole acabaria por tomar outro rumo.

- O clã Tenrai manda cumprimentos, "Lion Tsui".

Agora aquilo fazia sentido. Já havia até pensando na possibilidade disso poder acontecer, sabia como seu pai era e que tipo de atitudes poderia tomar depois do ocorrido. Aquelas pessoas estavam ali...por ela. - Hm, pensando bem no seu caso, posso te dar meu autógrafo sim. Mas não vou escrever em papel, seus merdas. - Tsui jogava a vassoura que utilizava para cima e segurava em sua base com as mãos, enquanto observava as reações de seus adversário. Então com uma rápida investida, Tsui avançava contra o primeiro homem à sua frente tentando acerta-lo com a vassoura num golpe diagonal. Independente do resultado, o faxineiro em seguida se abaixaria, tentando uma rasteira contra o mesmo alvo. Gostaria muito de conseguir desarmar pelo menos um deles para conseguir uma arma melhor para se defender, sair dali e poder pensar no que fazer em seguida.
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQui Abr 09, 2015 6:13 pm

De um momento para o outro o bar mergulhava num caos de proporções inesperadas para o que antes era apenas só uma bagunçinha armada por pessoas aparentemente bêbadas, mas que agora se revelava algo mais. E claro, o único restante para limpar essa sujeira era o nosso faxineiro de serviço a tempo inteiro e horas extra, Tsui. No seu estilo sarcástico e despreocupado, provavelmente uma máscara que usava com frequência para esconder os sentimentos ruins, este não hesitava em se armar rapidamente com a sua melhor ferramenta para lidar com estes casos, a vassoura, assumindo uma postura que utilizava esta como se estivesse manejando uma espada.

Os seus oponentes não conseguiam evitar se não rir na sua cara ao vê-lo, grandes risadas com todos os dentes das suas bocas, que demoravam e demoravam, mas que finalmente paravam quando o jovem os fazia fechar a boca para receber a sua forte investida, avançando com toda a sua garra. Os 4 homens, que estavam lado a lado à frente daquele que havia agredido o velho, como antes mencionado, viam aquele pau vindo na sua direção num golpe diagonal, e , com a ajuda de duas espadas, não tinham grandes dificuldades em bloquear. No entanto, imediatamente Tsui acabava por mudar a sua agressiva, baixando-se e partindo para uma rasteira, conseguindo atingir um deles e fazê-lo cair, só que em seguida, os pontapés de dois outros seguiam acertando-o com toda a força, esta que era suficiente para arrastar ele pelo chão até embater com força contra a parede mais próxima, parando mesmo ao lado da porta de saída, fazendo um estrondo que estremecia tudo o que estava pendurado ali. Um mau começo de Lion precisava agora recuperar.

- HAHAHAHAHA! - Ria descaradamente o único homem que não havia lutado, mas sim se escondido por detrás dos seus capangas, estes que aproveitavam a baixa de Lion e abriam a barreira humana para deixar o seu protegido passar. Passo a passo, este terminava de rir enquanto se dirigia para aquela mesma porta. - Ótimo trabalho! Hahaha! Confio em vocês para terminar esse trabalho aqui... De qualquer forma não é muito difícil, então não irei aceitar qualquer tipo de desilusão, entendido? - Confirma, recebendo respostas positivas por parte dos seus parceiros.

Chegava então à porta, parando a sua passada por alguns instantes, enquanto estava posicionado perante Tsui, contemplando-o a ele e à sua incapacidade de tocá-lo naquele momento. Então abaixava-se para as suas cabeças ficarem à mesma altura, forçando uma cara e um sorriso amigável que eram obviamente tudo menos sinceros. Então levava uma mão à cabeça do seu inimigo, festejando calmamente os seus brilhantes cabelos vermelhos como se tivesse pena dele.

- Pode desistir logo, garotinho. Você tem o que eu procuro. Eu sempre conquisto aquilo que desejo. Você não é exceção. - E levantando-se novamente, o homem saia por fora, agora longe da vista de todos, confiante no sucesso dos quatros homens que Tsui agora enfrentava, precisando de lidar com eles o mais rápido possível ou os planos daquele cara desprezível poderiam a vir a tornar-se realidade.

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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptySex Abr 10, 2015 12:12 am

Tsui acabava por ser facilmente sobrepujado pelos seus oponentes, sendo chutado como uma mera latinha de refrigerante no meio da rua. Aquele impacto machucava, fazia tempo que não sentia uma dor daquelas, tendo treinado sozinho e com armas improvisadas ainda por cima. Até mesmo agora, utilizava sua ferramenta de trabalho para tentar dar um jeito na situação. Precisaria de algo além para sair vitorioso ali, estava na hora de usar mais a cabeça. No tempo que Tsui se recuperva do ataque, um dos miseráveis o segurava pelos cabelos e soltava mais palavras desagradáveis da mesma maneira irritante de antes. Sério, como é que as pessoas podiam aguentar alguém desse jeito? Fazendo aquelas caretas e falando sarcasticamente feito um zé mané. O homem terminava o que queria e ia-se, com o rabinho esnobe entre as pernas. Para Tsui, restava apenas se levantar e... - Aquele cara acabou de me cantar? Foi isso mesmo? - ...olhar de maneira confusa para os capangas, com medo do que seria a resposta.

- Bem, tanto faz. Me preocupo com ele daqui a pouco. Antes, vamos terminar esta dança, senhores. Faz tempo que não pratico contra outra pessoa, então peço perdão se parecer meio enferrujado como agora pouco. Mas vou dar meu melhor para que possam contar aos seus filhos que vocês enfrentaram a grande lenda dentre as lendas, Lion Tsui u.u. - Enquanto dizia tudo isso fazendo algumas caretas, Tsui também torcia o seu pescoço, em seguida alongava os braços e as pernas com movimentos rápidos, e também dava alguns golpes no vento com sua vassoura. Ao término disso tudo, independente de algum deles vir para cima, ele sorria mais confiante e provocava-os outra vez. - Let's tanGo! - Tsui então finalmente fazia seu movimento, correndo em direção aos adversários...não, ele fintava-os quando estes tentassem ataca-lo ou mesmo desviar de sua investida e pegava uma cadeira próxima, atirando-a na direção de um segundo capanga, voltando até o primeiro para dar-lhe uma vassourada na nuca, de forma a tentar derruba-lo. Se tivesse sucesso nesse movimento, tentaria roubar a arma deste que teria caído, enquanto já se preparava para um ataque iminente.
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptySex Abr 10, 2015 2:28 pm

Após um pequeno número de abertura onde os mal feitores acabavam saindo por cima, o espectáculo parecia estar a começar agora que o nosso artista principal, Tsui, estava preparado para acompanhar os seus parceiros numa bela e animada dança. Mas a verdade é que ele não estava ali para acompanhar o paço de ninguém, nessa dança quem iria seguir a sua liderança eram aqueles que se atreviam a participar. Ele dava o primeiro passo, e dois de seus oponentes acompanhavam-no, correndo na sua direção para um frente a frente direto, um conflito de forças.

No entanto, o fascineiro era mais inteligente e subitamente fitava-os, pegando num adereço do palco e jogando ele contra a cara de um deles, acertando em cheio. Ainda assim, ele não se contentava com aquilo e prosseguia a ação, aproveitando a abertura deixada pelo movimento anterior para atingir o segundo com uma vassourada. Infelizmente, esta era bloqueada pela lamina do homem, no entanto, o som do metal cortando o ar do seu lado chegava aos seus ouvidos, e no momento que olhava para a sua fonte, via a espada do oponente abatido rodar no ar e ser puxada pela gravidade até ao chão, penetrando-o num pequeno ruído distinto: o som de uma chance que devia ser aproveitada.

Vendo o seu companheiro sendo neutralizado, os outros dois homens não hesitavam em avançar no seu oponente, aproximando-se pela sua esquerda e direita, brandindo as suas laminas prontas a terminar a vida do inimigo que agora se mostrava perigoso.

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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptySex Abr 10, 2015 3:12 pm

- Oh? Então quer dizer que a espada não era só pra fazer pose? Heh, por essa eu não esperava! - Provocava com seu habitual tom sarcástico, forçando o adversário para frente em seguida de forma que fosse empurra-lo. Não podia deixar de notar aquele som característico e nostálgico após esse movimento; o som do metal cortando o nada, onde em seguia este ficava preso no solo do estabelecimento. Um sorriso confiante surgia no rosto do ágil faxineiro, que ia rapidamente de encontro a tal lâmina para usufruir de seu poder. - Hehehe, é como naquela lenda. Só que aqui não é pedra. Enfim, sintam o grande poder de... - Antes de terminar sua frase, Tsui percebia os outros 2 vindo em sua direção em lados opostos, interrompendo seu clamar. Não podia se deixar ser parado agora, girando num sentido horário enquanto concentrava suas forças na mão direita, para que, no momento em que ficasse de frente novamente com os adversários, atirasse sua fiel vassoura em sua direção, como se fosse uma lança. Sendo ou não efetivo, aquilo iria pelo menos retarda-lo um pouco...tempo suficiente para puxar a espada do chão num movimento cortante vertical, já com a intenção de atingir o outro que também vinha. - ... Já esqueci qual piada eu estava fazendo. Que se dane, vamos acabar com isso!

Tsui brandia a espada na direção dos inimigos que estivessem restando; provavelmente o que havia defendido a vassourada no primeiro momento já estaria pronto para outra. Sendo assim, o faxineiro agora espadachim ia em sua direção, mais uma vez tentando improvisar com a ajuda do cenário de forma a adquirir alguma vantagem, fintando o adversário e fazendo uma deslizada sentado na mesa, ao mesmo tempo que tentava corta-lo na lateral do peito. Contra um outro adversário, aguardaria o seu movimento, enquanto posicionava a espada como se ela estivesse guardada em uma bainha. No momento do ataque, tentaria desviar com um movimento sutil para o lado e em seguida "sacaria" a espada com toda a força, utilizando o cabo para atingir o adversário na direção da barriga, abrindo oportunidade para um chute em seu queixo em seguida. Qualquer um que ainda restasse, Tsui utilizaria de suas habilidades com espada para conseguir derrotar, da forma mais rápida possível. Afinal, não tinha muito tempo a perder.
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptySex Abr 10, 2015 4:33 pm

Quantas facetas teria Lion Tsui? Faxineiro, humorista, dançarino e agora espadachim? Ainda para mais assumindo-se como lendário? Nossa, ele é até mesmo um entusiasta da mitologia! Um verdadeiro faz-tudo ao seu dispor, em qualquer lugar, a qualquer hora. Brandindo agora a sua nova arma, que recebia com todo o gosto, este partia para a ofensiva, utilizando os recursos presentes à sua volta e a sua criatividade para superar os oponentes, saltando para uma mesa e deslizando, surpreendendo um deles com um corte no seu peito.

Não era profundo, mas grande o suficiente para fazer o homem cair no chão, largando a sua espada e ficando fora de batalha até se recuperar. Mas o segundo contendente não perdia tempo e partia para cima de Tsui com mais um corte, desta vez vindo pelas suas costas. Mas Tsui era rapido e conseguia reparar nele. Daquele jeito e naquela hora, ele só teria uma opção: vencê-lo através de força bruta. Levando a sua espada a uma bainha imaginaria, ele colocava toda a sua concentração na lamina, esperando a aproximação do homem. ZÁS! A espada saia disparada da bainha direta à barriga dele.

Era demasiado rápida para o oponente: mal o seu cutelo havia saído de cima de seu ombro e a arma adversária já tocava a sua barriga, mas o oponente era bondoso de mais, pois o que o atingia era o cabo, não a lamina. No entanto, era uma pancada bastante forte que quase o fazia cuspir todo aquele álcool que havia bebido, mas que certamente levava ele direito ao chão sem a sua espada em mãos.

Uma performance exemplar, porém, cometendo um ultimo erro fatal. Quando Tsui se virava para enfrentar o ultimo dos seus oponentes, quase que respirando de alivio, seu folgo voltava a encolher-se assim que ele via a lamina hostil do ultimo bandido quase que festejando a garganta do seu patrão inconsciente.

- Heheheh... Ele ainda respira. - Informava ele, colocando-se por detrás de Chiquinho, usando-o como escudo de carne, com uma mão segurando-o e com a outra na espada que usava para ameaçar Lion. Então andava em voltas até estar numa posição favorável para se dirigir para a porta. - Quieto! Fica longe, ou você sabe o que acontece!

Merda... daquele jeito seria quase impossível acertar aquele cara... isto é, se ele não quisesse pôr em risco a vida de uma das pessoas que estava tentando salvar em primeiro lugar. O seu erro havia o colocado frente a frente com uma situação complicada, com tudo, felizmente, aquele destacado para o trabalho era nada mais nada menos que Lion Tsui, um perito do improviso.

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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptySex Abr 10, 2015 9:26 pm

O combate fluía de uma maneira bastante agradável e fazia tempo que Tsui não sentia aquela sensação. Não só o gostinho de vitória, mas também a adrenalina que só pode ser entregue através um legítimo combate. Tudo bem que no caso desses inimigos, eles não são o melhor exemplo para descrever tal sensação, mas ainda sim era… bom. Perfeito, impecável e...

- Droga! Solte o vellho agora, seu cretino! - A expressão confiante do jovem espadachim mudava para preocupação e raiva. O fato daquele cara utilizar alguém completamente inocente como um refém o deixava irado, porém não podia sair correndo por aí em gelo tão fino. O desgraçado ameaçava-o para que ficasse afastado, enquanto se dirigia para a saída do bar. Tsui não podia deixar aquilo acontecer, afinal ainda tinha aquele outro cara para lidar, cujo comportamento lhe passava a sensação de ter feito o dever de casa e saber onde ir para encontra-la. Tsui não queria que ela lhe fosse roubada, e todas as peças para resolver aquele quebra-cabeça da forma mais literal possível estavam espalhadas no chão ao seu redor. Ele precisava colocar tudo numa balança, e decidir aquilo que julgava como a melhor opção no momento.

- Já chega, você venceu. Me leve com você. Palavras de desistência? Não é algo que se espera de um espadachim honrado, muito menos o ato seguiten; Tsui jogava sua espada ao chão, um pouco mais a frente de onde ele estava parado. Mas aquela era a sua decisão, pois daquela forma acreditava que poderia impedir a morte do velho, além de que seria levado diretamente ao outro cara que ainda precisava dar um jeito. - “E tenho certeza que uma oportunidade de fuga irá surgir, esses caras não são lá grande coisa.” - Certo, complementado.

Para Tsui, não valia a pena arriscar a vida de um inocente só para poder chegar mais próximo da vitória, mesmo que isso significasse a possível perda do seu item mais precioso. Ele apenas teria que se esforçar para consegui-lo de volta caso isso chegasse a acontecer. Claro que ele manteria-se atento aos movimentos do indivíduo. Não mediria esforços para para-lo caso ainda sim tentasse agredir ao velho.
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyDom Abr 12, 2015 11:52 am

-Já chega, você venceu. Me leve com você. - Essas eram as palavras  de Tsui, proferidas com um grande esforço de uma pessoa que acabava por não ter escolha. O jogo sujo daquele homem havia posto em causa a vida de alguém com que ele se importa minimamente, e ele não podia brincar com essas coisas. Havia sido derrotado não pela força, mas sim pela sua própria personalidade. Quando esta era posta a prova, o faxineiro mantinha-se fiel aos seus princípios, sujeitando-se às consequências.

O homem parecia confuso com essa decisão, esperando mais resistência, mas logo vendo que pelo menos dessa vez o seu oponente não estava brincando, este abria mais um sorriso. Ele não se aproximava ainda, mantendo-se exatamente na mesma posição, mostrando cuidado com qualquer coisa que Tsui pode-se aprontar, pois ele não ia cair numa armadilha tão óbvia. Assim sendo, ele simplesmente começava a dar ordens.

- Se afaste de todas as espadas e largue a que está segurando. Se vire de costas e pegue aquela corda. Nada de se armar em herói, nada de sair do meu campo de visão. - Medidas de precaução apertadas que eram necessárias e que Lion não se podia recusar a obedecer naquela situação, respondendo prontamente ao que lhe era pedido.

Perdendo agora visão dele, o espadachim ponderava as acções e decisões do seu inimigo: havia o desarmado, tanto que ouvia agora o barulho das espadas sendo arrastadas pelo chão, como se ele as estivesse movendo com o pé, por isso, sem chance de voltar a armar-se sem passar por ele. Este que provavelmente pretendia prendê-lo com a tal corda de que falava, o que queria dizer que quando ele se aproximasse para atar as suas mãos seria o seu momento de maior vulnerabilidade.

Arriscar, ou não? Era a questão... Mas logo outra duvida surgia: olhando em volta e voltando a olhar só para verificar, não havia nenhuma corda? Logo quando se apercebia que havia sido enganado mais uma vez, era tarde de mais. Uma forte pancada atingia a sua nuca, fazendo-o cair no chão de joelhos. Ficava cada vez mais tonto, sua visão turva e ofuscada, as coisas à sua volta perdiam forma e cor, as suas pestanas perdiam cada vez mais força, até cerrarem completamente, deixando apenas um grande fundo escuro. Depois das suas pestanas, sentia todo o seu corpo perecer, caindo, e caindo, até já não conseguir sentir mais nada, inconsciente.

Algumas horas depois, em pleno meio da tarde, um  pequeno navio dava à costa de Pontera, atrancando num porto improvisado no meio da praia, já que um real era inexistente. As pessoas que se encontravam por ali ficavam olhando com um certo ar estranho e curioso, ainda para mais quando o primeiro a sair assim que as escadas era nada mais nada menos do que um cão preto e branco, coberto de ligaduras. Logo atrás, seguia Spades D. Red, que para eles era um mero jovem adulto. No entanto, essa aparência "normal" que transmitia era rapidamente eliminada quando este se mostrava arrastando atrás de si os corpos inconscientes de vários homens com o dobro do seu tamanho enquanto esboçava o sorriso alegre.

Assim que colocava os seus pés em terra firme, este acabava largando a sua carga ali e prosseguindo caminho junto com o seu companheiro animal, que agora que pensava nisso novamente, precisava de devolver ao seu dono, seja quem ele for. Era agora que via o animal de costas e prestava atenção nele que conseguia ver que, por baixo de todas aquelas ligaduras que tinha no pescoço, encontrava-se algo feito de couro: uma coleira. A palavra "Yamato" estava gravada nela de uma forma pouco profissional. Seria o seu nome? O nome do seu dono? Pelo menos seria uma pista.

Não é como se pudesse assumir que ele estava nessa ilha sequer, no entanto, não custava nada tentar. Considerando essa informação assim como adiantando o que acontecerá quando Red decidir investigar, perguntando às pessoas por ali, muitas o olhavam torto e prosseguiam caminho, outras simplesmente não tinham nada de útil a acrescentar. Aquela única pessoa em mil que lhe iria dizer o que queria ouvir nunca chegava a aparecer, e o tempo passava, e passava... passava o suficiente para ele estar quase convencido que quem procurava não estava naquela cidade, fazendo uma pausa junto do cão, observando as pessoas passar na rua.

Contemplando o estado precário do animal mais uma vez, Red questionava-se o pobre cachorrinho alguma vez voltaria a reunir-se com o seu dono, que poderia estar em qualquer lugar. Logo quando adentrava a parte mais profunda do seu receio, ele reparava o nariz dele a despertar. Cheirava, cheirava incessantemente como se tivesse achado algo, virando a cabeça de um lado para o outro à procura.

- Woof... - Ladrava baixinho, como se quisesse chamar à atenção de Red, depois prosseguia a fazê-lo mais alto. - - Woof... AUUURGH! - E então saia correndo e ladrando pela rua fora, com as pessoas olhando para ele enquanto ele se desviava dos imensos obstáculos que existem para um cão no mundo dos humanos. Virando uma esquina, Red, que provavelmente acabaria indo atrás do cão, perdia-o de vista, forçando-o a apressar ainda mais o passo.

- Shooting! - Ouvia Red ao aproximar-se da esquina, numa voz surpresa, que logo depois se revelava como pertencendo a um rapaz da sua idade, talvez mais novo, que tendo sido derrubado pelo cachorro que agora estava sem cima do seu tronco, lambendo a sua cara, ria e rebolava em felicidade - Hahaha! Pensava que nunca mais ia te ver! Onde é que se meteu?! Meu deus, como você está sujo...Huh? - Proferia, reparando então que o cão não vinha sozinho, perguntando-se a identidade do seu acompanhante, que mais tarde se revelaria como a melhor companhia que aquele animal alguma vez poderia ter: a de Spades D. Red, o futuro rei dos piratas, que mais uma vez havia cumprido a sua missão com sucesso.

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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQua Abr 15, 2015 5:05 pm

Red já andava pela cidade sem saber exatamente aonde estava, uma palavra que podia o definir bem era perdido, tudo que carregava naquele momento eram as roupas que vestia e o Sr. Remo preso as suas costas. O cachorro que agora chamava de Yamato-san andava ao lado dele farejando o chão, tudo que Red fazia era segui-lo, afinal não sabia mesmo para onde ir. Nem mesmo acreditava que havia conseguido chegar na sua primeira ilha, obviamente sem o menor conhecimento de onde poderia estar, mas de longe havia visto aquela estranha montanha em forma de pássaro, o que era no mínimo curioso. Eis que Yamato-san latia ao avistar alguém, era um latido bastante empolgado, Red conseguia ver que ele havia ficado bastante animado e corria na direção de um garoto logo a frente com o rabo abanando. O garoto parecia feliz em ver o cachorro, que aparentemente chamava de "Shooting". Red observava o cachorro, ou melhor, Shooting, enquanto caminhava em direção a ele e o garoto que ele havia reconhecido, talvez o seu dono.

- Você tem um ótimo amigo, rapaz. - Disse Red com um sorriso no rosto para garoto que chamara o cachorro de Shooting. Se esse era o nome do cachorro então seria o dono dele o tal Yamato que tinha o seu nome marcado na coleira do animal? Independente das perguntas que aquele garoto fizesse a respeito de "como o encontrou", Red fingiria não ter ouvido por estar distraído demais olhando os arredores. - Sabe me dizer em que ilha estamos? Essa cidade tem nome? - Perguntou fazendo um carinho na cabeça de Shooting mais uma vez. Era então que o estômago de Red roncava em uma altura considerável. - Hehe, por sinal, tem algum lugar perto aonde eu possa comer sem gastar muito dinheiro? - disse o pirata um pouco sem graça.

A verdade é que Red não tinha muito dinheiro, e parando pra pensar agora pensou o quão ingênuo foi ao não tentar roubar o dinheiro daqueles malditos do navio dos pássaros, mas agora já era tarde, não iria voltar até lá para fazer isso, até porque não queria chamar atenção caso se envolvesse em algum tipo de confusão com eles novamente. Red esperava que Yamato fosse uma boa pessoa e lhe ajudasse a se localizar na cidade e quem sabe conhecendo histórias sobre pessoas fortes para chamar para a sua futura tripulação. A questão que passava pela cabeça de Red nesse momento era bem direta: será que esse garoto é forte?
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MensagemAssunto: Re: [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess   [Piratas Aeon] - 1º Arco - A Bloody Mess EmptyQua Abr 15, 2015 6:18 pm

- Hum... Shooting, quem é ele mesmo? - Perguntaria para o cão assim que reparasse em Red, que ficava ali parado observando a reunião feliz dos dois, Shooting responderia através de um latido alegre e amigável, mais vivo que qualquer um que Red tivesse ouvido anteriormente, o jovem parecia entender o que lhe havia sido dito pelo animal, olhando para Red e sorrindo enquanto se levantava. Hm... não conheço você, você não me conhece a mim, mas ele gosta de você. - Dizia, estendendo a mão até Red para um cumprimento, obviamente referia-se ao cão com aquelas palavras - Se vocês dois se dão bem, então nós também. Hahahaha! O meu nome é Yamato, e esse aqui é o Shooting, Shooting Star! Heheh... Mas ele você já conhece.

Então dava-se o habitual diálogo de quando duas pessoas estão se conhecendo, só que dessa vez, era mais um pequeno monólogo por parte de Yamato. Red acabava por passar por alguém um pouco distraído, ainda mais quando não respondia às perguntas, mas isso não incomodava Yamato que já havia obtido aprovação do seu fiel companheiro, então qualquer coisa que fosse a descobrir não iria ser surpreendente... pelo menos de uma forma negativa. Só estava feliz por tê-lo de volta, e isso refletia-se na maneira amigável como agia com praticamente um desconhecido.

A única vez que Red realmente expressava o que estava pensando revelava uma grande confusão e cansaço da sua parte, o que de fato era verdade. Assim sendo, Yamato acabava convidando ele comer num restaurante ali perto, claro, à sua custa, dando a Red a chance de usar e abusar da sua boa vontade, já que ele não se importava com nada disso. Durante e depois do almoço, o rapaz acabaria informando ele sobre a cidade, guiando-o um pouco por ela e indicando-lhe coisas importantes. Aparentemente também era novo ali, então compreendia a confusão sentida, mas também não era nenhum guia profissional, acabando por só explicar o básico os básicos. Durante esse passeio, também começavam a conhecer mais um sobre o outro e algumas das perguntas postas por Yamato acabavam por ser esclarecidas.

Para além de descobrir onde estava, Red também acabava por ganhar conhecimentos sobre a situação atual da ilha: movimentação de ativa de Caçadores de Recompensas, o que também indicava a grande notoriedade dos sujeitos que estavam escondidos por detrás das paredes das casas que os envolviam. Ainda naquela mesma tarde a cidade havia sofrido uma grande confusão com a captura de um sujeito num certo bar da vila, diz-se que dos 5 Caçadores que vieram para recuperá-lo, só 1 sobrou no final e outro fugiu antes de mesmo tentar, ou pelo menos era o que estava passando de boca em boca naquele momento.

- Caçadores são daora, né? Quer dizer... não é como se a profissão fosse algo especial, mas... Há caçadores muito fodas mesmo. - Aquela noticia dava-lhe alguma liberdade para divagar sobre o assunto, mas logo caia de volta à realidade e subitamente mostrava-se um pouco embaraçado com o que havia dito. - Heh... Na verdade... é um pouco injusto eu dizer isso. É que... eu também... você entendeu...espero. - Então prosseguia-se algum silêncio da sua parte, mas logo ele se esforçava para recuperar a conversa. - Haha... Mas na verdade eu não sou tudo isso, apenas um mero iniciante, praticamente um civil como todos os outros. Se você quiser encontrar alguém forte nessa ilha... - Ele expressava um certo entusiasmo inocente ao expressar-se, como se estivesse olhando para os degraus lá no alto de uma escada imaginaria quando ele havia começado agora a subir. - ...esse seria o meu líder, ele sim, é forte.
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